Marcela trabalhou em aplicativo de passageiros e diz que passou sufoco quando foi assediada por um passageiro e acabou perdendo o celular para o agressor durante uma viagem no carnaval. A partir daí, ela decidiu deixar o Uber e criar o seu próprio aplicativo em 2019.
Desempregada, Marcela conta que conversou com a mãe, dona Verônica, da possibilidade de terem um aplicativo próprio, e o assunto aconteceu dentro de uma lanchonete na Portuguesa. E decidiu então criar um grupo no WhatsApp. Marcela afirma que já saiu da lanchonete com cerca de 250 mulheres que acessaram o link todas interessadas no serviço já nomeado Femi Ilha.
O projeto deu tão certo com a grande procura feminina pelo serviço que Marcela decidiu trocar o nome do aplicativo para Femi-UP, pela necessidade em expandir as viagens para fora do bairro, embora mantendo a ideia inicial de apenas transportar mulheres e crianças.
Com o preço fixo de tabela no valor de R$ 10,00 por corrida, dentro da Ilha, em pouco tempo a Femi UP reuniu 70 motoristas no aplicativo. Mas, devido a Covid-19, esse número caiu para sessenta.
– Começamos com duas motoristas e, uma semana depois, nós estávamos com vinte mulheres ao volante. Como foi permitido que aplicativos rodassem na pandemia, a gente continuou, e elas estão voltando. Mas chegamos a ter 70 motoristas. – afirmou Marcela Andrade.
O grupo é muito organizado e desde o início se reúne quinzenalmente para discutir andamento do projeto. Começou com uma sala cedida pela Associação de Moradores da Aerobitas, na Portuguesa e agora ocupa um espaço dentro da Faetec no Cocotá.
– A gente está segurando o preço de dez reais, mesmo com todo aumento dos combustíveis. Não é aquele lucro que a gente tinha antes, mas por enquanto vamos manter o valor inicial. Uma motorista conseguia fazer R$ 700,00 reais por dia, na Femi UP. Hoje ela só consegue R$ 300,00 a R$400,00. Elas conseguiam fazer até 70 corridas por dia.
Atendimento Femi-UP: 21 96759-2847 | 21 99802-6740. |www.femiup.com.br